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    A Liturgia do Erro: Celebrando o Falso Profeta na Rocha da Ascensão
    Erton Köhler

    A Liturgia do Erro: Celebrando o Falso Profeta na Rocha da Ascensão

    Análise crítica expõe a celebração adventista do erro profético de 1844. Descubra por que essa doutrina contradiz a Bíblia e repense suas bases.

    28 de dezembro de 20254 min min de leituraPor Rodrigo Custódio

    O Pastor Erton Köhler, presidente mundial da Igreja Adventista, aparece na histórica "Rocha da Ascensão" na fazenda de Guilherme Miller, local onde os primeiros adventistas esperaram o retorno de Cristo em 22 de outubro de 1844. Em tom solene e emocionante, ele admite que "a profecia não foi interpretada corretamente", mas transforma esse erro monumental em um chamado para a fidelidade e para a pregação da "mensagem do terceiro anjo".
    Este artigo demonstra que tal celebração é uma anomalia teológica. Biblicamente, profecias falhas não devem ser comemoradas como "marcos de fé", mas rejeitadas como falsas. A insistência em manter 1844 como data profética, reinterpretando o erro de Miller (que esperava a vinda visível) para uma doutrina invisível (Juízo Investigativo), constitui a fundação de um sistema que canoniza o equívoco e celebra a confusão como providência divina.


    1. A Rocha da Vergonha: Celebrando o Falso Profeta

    A Cena (0:00 - 0:30):
    Erton Köhler descreve a Rocha da Ascensão como um "lugar emocionante para qualquer adventista". Ali, Guilherme Miller e seus seguidores aguardaram o Senhor em 1844.

    Refutação Sola Scriptura:
    A Bíblia estabelece um critério claro para profetas e movimentos proféticos:

    • Deuteronômio 18:22: "Quando o profeta falar em nome do Senhor, e a palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o profeta."

    • Guilherme Miller profetizou com data marcada (22 de outubro de 1844) e o evento não ocorreu. Segundo a Escritura, isso o desqualifica como mensageiro de Deus. A "emoção" que um cristão deveria sentir nesse local não é de reverência, mas de tristeza pelo engano que levou milhares à ruína espiritual e financeira. Celebrar esse local como um "marco sagrado" é canonizar a soberba de marcar datas que o Pai reservou à Sua própria autoridade (Atos 1:7).

    2. A Reinterpretação: "Profecia não interpretada corretamente"

    A Tese de Erton Köhler (0:34):
    "A profecia não foi interpretada corretamente... Mas eu creio que nos nossos dias... veremos a nossa grande esperança."

    Análise Teológica:
    Esta é a clássica manobra adventista para salvar 1844. Eles admitem que Miller errou o evento (a volta à Terra), mas insistem que ele acertou a data (a profecia de Daniel 8:14).

    • O Erro Duplo: Miller não apenas errou o evento; ele errou a exegese de Daniel 8:14. O texto fala de "2.300 tardes e manhãs" (dias literais ou sacrifícios da tarde e manhã) no contexto da profanação de Antíoco Epifânio (séc. II a.C.), não de 2.300 anos terminando no século XIX.

    • A "Correção" Invisível: Para não admitir que a data estava errada (o que implodiria o movimento), os pioneiros inventaram o "Juízo Investigativo". Cristo não veio à Terra, mas mudou de sala no céu. Essa doutrina é irrefutável empiricamente (porque é invisível), mas é biblicamente insustentável (pois Cristo entrou no Santíssimo na ascensão, Hebreus 6:19-20, não em 1844).

    • Köhler chama isso de "interpretação incorreta", mas a Bíblia chama de falsa profecia. Mudar o cumprimento do visível para o invisível para salvar a data é a marca registrada das seitas apocalípticas.

    3. A Terceira Mensagem Angélica: O Legado do Erro

    A Tese de Erton Köhler (0:50):
    "Agora está em nossas mãos pregar com o mesmo amor a mensagem do terceiro anjo com a mesma paixão que Guilherme Miller pregou a mensagem do primeiro anjo."

    Refutação Sola Scriptura:
    Erton Köhler liga a missão da IASD à paixão de Miller. Mas qual é o conteúdo dessa "terceira mensagem" na teologia adventista?

    • A mensagem do terceiro anjo (Apocalipse 14:9-12), para a IASD, é a denúncia contra a "Marca da Besta" (observância do domingo) e a queda de "Babilônia" (igrejas protestantes/católica).

    • Ao conectar essa mensagem a Miller, Köhler admite a genealogia do erro: o movimento nasceu de um cálculo falho e agora se sustenta pregando que os outros cristãos (que rejeitaram a data falsa) são apóstatas (Babilônia).

    • A verdadeira mensagem de Apocalipse 14 é o Evangelho Eterno e a adoração ao Criador, não a defesa de um calendário profético desacreditado ou a guarda do sábado como selo de salvação.

    Conclusão: A Fundação de Areia

    Celebrar a "Rocha da Ascensão" é a confissão involuntária de que o Adventismo está fundado sobre uma rocha de desapontamento humano, não sobre a Rocha dos Séculos.

    • Jesus disse: "Aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha" (Mateus 7:24).

    • Guilherme Miller edificou sobre a areia de cálculos humanos e especulação cronológica. A casa caiu em 1844.

    Em vez de abandonar as ruínas dessa teologia falida, a liderança adventista, personificada aqui por Erton Köhler, convida os fiéis a voltarem aos escombros, pintarem as pedras de "emoção" e continuarem pregando a data que falhou, agora reembalada como "Juízo Investigativo". O verdadeiro chamado bíblico não é para ter a "paixão de Miller" pelo erro, mas a paixão de Paulo pela Cruz (1 Coríntios 2:2), a única esperança que não confunde (Romanos 5:5).

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    Referências Bibliográficas

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    (). Deuteronômio 18:22. Bíblia.

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    (). Atos 1:7. Bíblia.

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    (). Hebreus 6:19-20. Bíblia.

    [4]

    (). Apocalipse 14:9-12. Bíblia.

    [5]

    (). Apocalipse 14. Bíblia.

    [6]

    (). Mateus 7:24. Bíblia.

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    (). 1 Coríntios 2:2. Bíblia.

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    HOEKEMA, A. A. (). The Four Major Cults. .

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    WHITE, E. G. (). O Grande Conflito. .

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    (). Daniel 8:14. Bíblia.