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    Eleazar Domini e a Heresia da Natureza Angélica de Cristo
    Eleazar Domini

    Eleazar Domini e a Heresia da Natureza Angélica de Cristo

    Analise criticamente a heresia da natureza angélica de Cristo ensinada por Ellen White e negada por Eleazar Domini, com provas documentais e refutação bíblica.

    27 de dezembro de 202517 min min de leituraPor Rodrigo Custódio

    Problema Central

    O pastor Eleazar Domini, representante oficial da teologia adventista, nega categoricamente que a Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) ensine que Jesus Cristo possui ou possuiu natureza angélica. Apresenta isto como "desonestidade intelectual" dos críticos. Esta é uma mentira refutada pelos documentos primários e históricos da própria Igreja Adventista, especialmente pelos escritos de Ellen G. White publicados enquanto viva (1911-1912).


    I. A ESTRUTURA TEOLÓGICA ADVENTISTA QUE DOMINI ESCONDE

    A. O "Grande Conflito" como Fundação (não a Bíblia)

    Herbert Douglas, THD em Teologia pela Andrews University (a universidade mais importante da IASD mundialmente), define explicitamente a base da teologia adventista:

    "Para os Adventistas do Sétimo Dia, o GCT (Grande Conflito Tema) é o conceito central que traz coerência para todos os assuntos bíblicos. Todo sistema filosófico ou teológico constrói-se sobre um tema ou paradigma central governante... O paradigma governante no adventismo é o Grande Conflito, o Framework apresentado por Ellen White."
    — Herbert Douglas, Theology of Adventism

    Implicação Crítica: O adventismo não opera sob Sola Scriptura (apenas Bíblia). Opera sob "Ellen White + Bíblia reinterpretada." Quando a Bíblia diz X e Ellen White diz Y, a IASD reinterpreta X para concordar com Y. Isto explica por que Domini pode negar descaradamente o que está escrito em preto e branco nos escritos de Ellen White—porque, para a IASD, Ellen White's visões são a "lente interpretativa" que corrige ou amplia a Bíblia.

    B. Por Que Domini Nega a Heresia Apesar das Provas

    A própria teologia adventista depende criticamente da natureza angélica/degradada de Cristo como explicação cosmológica. Se se admitisse isto abertamente:

    1. Questionamento fundamental sobre a credibilidade profética de Ellen White desapareceria

    2. A IASD seria exposta como ensinando arianismo moderno (heresia cristã condenada no Concílio de Niceia em 325 AD)

    3. Os fundamentos do "Grande Conflito" desabariam

    Domini escolhe negar os documentos primários porque confessá-los destruiria toda a estrutura.


    II. AS PROVAS DOCUMENTAIS PRIMÁRIAS QUE DOMINI NEGA

    Documento 1: História da Redenção, Capítulo 1 (Ellen White)

    Este é talvez o documento mais devastador. Ellen White descreve uma "cena celestial" onde Deus convoca os anjos e apresenta Jesus. O texto é extraordinariamente claro:

    "O grande Criador convocou as hostes celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. A multidão celestial dos anjos santos reunida ao redor deles, o Pai fez saber por Sua própria decisão: Cristo, Seu Filho, deveria ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente, Seu Filho, isso valeria pela Sua própria presença."

    Análise 1: Jesus Não Tinha Honra Inicial—Prova de Degradação

    O texto é absolutamente claro: Deus precisou "conferir" (grant, bestow) honra especial a Jesus.

    • Questão Crítica: Se Jesus era eternamente igual ao Pai desde a eternidade (como a cristologia ortodoxa ensina), por que Deus precisou fazer uma reunião oficial para "conferir" honra?

    • Análise: A palavra "conferir" (no original grego: didomi, dar, presentear) indica uma atribuição posterior, não uma realidade eterna.

    • Conclusão: Ellen White coloca Jesus em posição de ser inicialmente sem honra, depois promovido.

    Isto é arianismo: um ser criado que recebe status depois.

    Análise 2: Obediência Como Prova de Subordinação Inicial

    "A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai."

    O texto admite implicitamente que antes desta conferência, os anjos não obedeciam Jesus prontamente:

    • Se Jesus fosse eternamente Deus, obediência seria automática, ontológica, necessária

    • O fato de que Deus precisou decretar obediência prova que ela não existia antes

    • Isto coloca Jesus em posição de criatura que recebe autoridade delegada

    Análise 3: Investidura de Autoridade—A Palavra Áriana

    "Por ele [o Filho] foi investido com autoridade para comandar as hostes celestiais."

    A palavra-chave é "investido com" (invested with authority):

    • "Investir com" = receber em um ponto específico, não ter originalmente

    • Isto é exatamente como um monarca investe um general com comando

    • Se Jesus fosse Deus desde a eternidade, ele teria autoridade criadora inerente, não delegada

    Comparação Bíblica: João 1:3 diz "Todas as coisas foram feitas por meio dele; sem ele nada do que existe foi feito." Isto é autoridade inerente de Criador, não delegada depois de uma reunião.

    Análise 4: Falta de Autonomia Divina

    "O Filho deveria trabalhar em união com o Pai... O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por si mesmo."

    Uma característica ontológica fundamental de Deus é autarkeia (auto-suficiência). Deus não precisa de ninguém; existe em Sua própria força.

    • Ellen White apresenta Jesus como totalmente dependente do Pai

    • Jesus não pode agir "por si mesmo"

    • Isto é precisamente a estrutura de uma criatura em relação ao Criador

    Conclusão sobre Documento 1: Ellen White descreve Jesus como:

    • Sem honra original

    • Não obedecido originalmente

    • Recebendo autoridade por concessão

    • Incapaz de agir autonomamente

    • Subordinado em essência ao Pai

    Isto é a descrição clássica de uma criatura e de um anjo subordinado, não de Deus.


    Documento 2: Signs of the Times, 6 de Junho de 1911 (Ellen White viva)

    Este documento é explosivo porque:

    1. Ellen White ainda estava viva (faleceu em 1915)

    2. Foi publicado na revista oficial da IASD

    3. Usa linguagem literal de transformação ontológica

    Citação Completa:

    "A Palavra Eterna não aspirava a ser igual a Deus; não considerou uma usurpação do Trono do Universo, mas Ele se esvaziou, entregou-se pelos pecadores. Ele tomou a forma de servo, tornando-se um anjo entre os anjos, para que pudesse redimir os anjos."

    Análise 1: "Tomou a forma de servo" vs. Realidade Angélica Fundamental

    O texto diz:

    • Forma externa = servo

    • Natureza real = anjo

    Isto é uma distinção crucial. Ellen White não diz "pareceu ser um anjo" ou "em relação aos anjos, era um anjo". Ela diz "tornando-se um anjo entre os anjos"—isto é transformação ontológica.

    A frase é estruturada assim:

    • Para que pudesse redimir os anjos, Ele se tornou anjo

    • A causalidade é clara: precisa SER anjo para redimir anjos

    Análise 2: "Para Redimir os Anjos"—Uma Soteriologia Inventada

    Ellen White inventa uma soteriologia paralela que não existe na Bíblia:

    • Os anjos caídos (Lúcifer e os seus) precisavam ser redimidos

    • Jesus, portanto, se transformou em anjo para ser capaz de redimi-los

    • A lógica é: "anjo redime anjo"

    Refutação Bíblica: João 1:29 diz: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." Não diz "Eis o Anjo de Deus." A redenção é oferecida à humanidade, não aos anjos (Hebreus 2:16: "Pois ele não veio para ajudar os anjos, mas a descendência de Abraão").

    Análise 3: Alteração Bíblica Direta—Comparação com Filipenses 2:6-7

    Esta é a prova mais devastadora de que Ellen White deliberadamente modificou a Bíblia:

    Filipenses 2:6-7 (Palavra de Deus)Signs of the Times 1911 (Ellen White)"Embora sendo Deus, não considerou igualdade com Deus coisa a que se apegasse""Não aspirava a ser igual a Deus; não considerou uma usurpação""Mas esvaziou-se a si mesmo, tornando-se semelhante aos homens""Tomou a forma de servo, tornando-se um anjo entre os anjos"

    Conclusão Inequívoca: Ellen White reescreve Filipenses 2:7. A Bíblia diz Jesus se tornou homem. Ellen White diz Jesus se tornou anjo.

    Prova adicional: A IASD editou sua Bíblia de "estudo adventista" chamada Clear Word Bible para fazer Filipenses 2:7 dizer "anjo" em vez de "homem" para concordar com Ellen White. Isto é corrupção textual.​


    Documento 3: Signs of the Times, 23 de Julho de 1912 (Ellen White viva, um ano antes de sua morte)

    Este documento é absolutamente literal e deixa zero margem para interpretação:

    Citação Completa:

    "Ele [Jesus] tomou a natureza dos anjos para repetir o primeiro passo de Sua humilhação. A humilhação de Jesus começou em Ele se tornando um anjo, abandonando Sua natureza divina, foi colocar a natureza dos anjos. Quando ele se tornou um anjo, seu nome correspondia à natureza que ele tomou. Seu nome como anjo é Miguel."

    Análise 1: "Abandonou Sua Natureza Divina"—A Admissão Explícita

    Isto não pode ser interpretado de outra forma. Ellen White diz:

    • Jesus não manteve Sua natureza divina

    • Jesus colocou (put on) a natureza dos anjos em substituição

    • Isto é uma transformação de essência, não apenas de forma

    Comparação com Heresia Histórica: O Concílio de Calcedônia (451 AD) condenou explicitamente qualquer doutrina que negasse a natureza divina permanente de Cristo. Disse o Concílio:

    "Cristo em duas naturezas... sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação... a distinção das naturezas não é de forma alguma destruída pela união, mas antes as propriedades de cada natureza são preservadas e concorrem em uma pessoa."

    Ellen White viola diretamente Calcedônia ao afirmar que Jesus "abandonou Sua natureza divina."

    Análise 2: A Estrutura de Fases de Humilhação

    Ellen White descreve a humilhação de Jesus em fases sequenciais:

    1. Fase 1 (Celestial): Deus sem honra

    2. Fase 2 (Angélica): Deus -> Anjo, abandona natureza divina, toma natureza angélica, nomeado Miguel

    3. Fase 3 (Humana): Anjo -> Homem

    4. Fase 4 (Expiatória): Homem crucificado

    5. Fase 5 (Ascensional): Retorna à forma angélica

    O que a Bíblia realmente ensina (Hebreus 2:9):

    "Vemos, porém, aquele que por um pouco foi feito menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra por causa da morte que sofreu."

    A Bíblia descreve uma fase, não cinco. E é temporária ("por um pouco"), não permanente ou sequencial.

    Análise 3: "Seu Nome como Anjo é Miguel"—Prova de Identidade

    "E assim temos apresentado como Miguel o Arcanjo, o comandante dos exércitos do céu, o capitão do exército do céu, e como tal os exércitos do céu o seguem."

    Ellen White conecta explicitamente:

    • Jesus na fase angélica = Miguel

    • Miguel = arcanjo = criatura = não Deus

    • Os anjos obedecem "o primeiro anjo Miguel"

    Isto prova que para Ellen White (e portanto para a IASD oficial), "Jesus é Miguel" significa exatamente que Jesus foi transformado em criatura angélica.


    Documento 4: Signs of the Times, 23 de Julho de 1912 (Continuação)

    Ellen White continua:

    "Quando ele se tornou um anjo, o fato não pode ser esquecido de que ele era Deus, porque Deus tinha avisado aos anjos que ele era Deus que era para ser reconhecido como Deus. Como ele vivia no plano deles possuindo suas naturezas..."

    A Contradição Interna de Ellen White

    Este parágrafo revela a contradição fundamental:

    • Jesus "era Deus" (passado—quando exatamente?)

    • Jesus "se tornou anjo" (presente—quando exatamente?)

    • Os anjos precisam ser lembrados de que ele era Deus (por quê, se ainda é Deus?)

    Se Jesus é eternamente Deus, ele nunca "se tornou" anjo. Se ele se tornou anjo (deixando de ser Deus), então os anjos não precisam ser lembrados—ele simplesmente não é mais Deus.

    Ellen White tenta ter tudo nos dois sentidos e acaba em contradição lógica total.

    A Estrutura Cosmológica Final

    Ellen White descreve uma progressão cósmica que NÃO existe na Bíblia:

    text

    Logos Eterno (sem honra, não reconhecido)

    Arcanjo Miguel (honra delegada, anjo entre anjos)

    Jesus Homem (humilhação adicional, morte)

    Ressurreição (volta a ser... o quê? Anjo? Deus?)

    A Bíblia não conhece esta estrutura. Ela é uma invenção de Ellen White, apoiada em "visões" que não podem ser verificadas e que contradizem Escritura.


    III. REFUTAÇÃO BÍBLICA: O QUE DEUS REALMENTE ENSINA

    A. Hebreus 1:1-14—A Resposta Definitiva contra Domini

    Hebreus 1 foi escrito especificamente para destruir a ideia de que o Messias poderia ser um anjo. Lê-se como uma refutação antecipada de Ellen White:

    Hebreus 1:3: "O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do Seu Ser."

    • Resplendor (apaugasma em grego) = emissão de luz, inseparável da fonte

    • Jesus não é uma transformação derivada de Deus; é a expressão absoluta da essência de Deus

    • Uma transformação em "anjo menor" destruiria este conceito

    Hebreus 1:5: "A qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho?"

    • Nenhum anjo é chamado "Filho" de Deus no sentido de identidade ontológica eterna

    • Se Jesus é Michael (um anjo, mesmo especial), este versículo é falso

    • Domini não consegue responder isto; apenas ignora

    Hebreus 1:6: "E quando introduced o Primogênito no mundo, diz: Que todos os anjos de Deus o adorem."

    Três pontos refutam Ellen White:

    1. Adoração: Jesus é adorado pelos anjos

    2. Lei Angélica: Anjos fiéis recusam adoração (Apocalipse 22:8-9)

    3. Logicamente: Se Jesus é Michael (um anjo), estaria recebendo adoração que viola a lei de Deus. Michael não pode ser Michael e ao mesmo tempo violar a Lei Divina.

    Hebreus 1:14: "Não são todos eles [os anjos] espíritos ministradores enviados para servir?"

    • Anjos são enviados para servir

    • Jesus não foi "enviado" de um lugar superior para outro; Ele é o Criador que voluntariamente se humilhou

    • Uma criatura enviada (anjo) não é o mesmo que o Criador que se humilha

    Conclusão: Hebreus 1 refuta completamente Ellen White. Se Ellen White estivesse correta, Hebreus 1 seria falso.


    B. João 1:1-3—A Eternidade Indisputável de Cristo

    João 1:1: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."

    Três afirmações simultâneas:

    1. "No princípio era o Verbo" = Existência eterna (antes de toda criação)

    2. "O Verbo estava com Deus" = Distinção pessoal (não absorvido em Deus)

    3. "O Verbo era Deus" = Identidade ontológica (θεὸς theos = qualidade divina)

    Ellen White's doctrine exige que em algum ponto no tempo:

    • O Verbo "deixou de ser Deus"

    • O Verbo "se tornou anjo"

    • O Verbo "abandonou Sua natureza divina"

    Isto viola diretamente João 1:1.

    João 1:3: "Todas as coisas foram feitas por meio dele; sem ele nada do que existe foi feito."

    Se Jesus é Michael (um anjo criado):

    • Michael foi criado (pois todos os anjos foram criados)

    • Mas o Verbo criou tudo inclusive Michael

    • Como pode o Verbo que criou Michael ser Michael?

    Isto é um absurdo lógico que Ellen White não resolve adequadamente.


    C. Colossenses 1:15-17—O Primogênito Criador

    Colossenses 1:15: "Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação."

    Aqui Paulo usa "primogênito" (prototokos) de forma muito cuidadosa:

    • Não significa: "primeiro em tempo" (nascido antes de outras coisas)

    • Significa: "primeiro em rank/posição" (aquele que tem primazia sobre tudo)

    Verso 16 clarifica: "Pois nele foram criadas todas as coisas... tudo foi criado por meio dele e para ele."

    Lógica Básica:

    • Jesus criou tudo

    • Se Jesus é Michael (uma criatura angélica), então Jesus criou a si mesmo

    • Isto é impossível

    Problema de Ellen White:

    Ela tenta resolver isto dizendo que o "Logos" é diferente de "Jesus encarnado", mas isto cria um dualismo que contradiz João 1, que identifica o Logos com Jesus.


    D. Colossenses 2:9—Divindade Plena, Não Delegada

    Colossenses 2:9: "Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade."

    • Plenitude (pleroma em grego) = totalidade, nada omitido

    • Corporalmente = manifestado no corpo (durante a encarnação)

    • Habita = reside, não foi transferido depois

    Ellen White diz Jesus abandonou a natureza divina. Paulo diz toda a plenitude da divindade habita nele (presente tense, continuum).

    Isto prova que durante a encarnação, Jesus permanecia plenamente Deus.


    IV. AS TÁTICAS DE NEGAÇÃO DE DOMINI REFUTADAS

    Tática 1: "É Apenas um Título, Não uma Natureza Literal"

    A Afirmação de Domini:

    "A Igreja Adventista atribui o título de Miguel a Jesus Cristo, não uma natureza angélica literal. Criticar isto é desonestidade."

    Refutação pelos Documentos:

    Ellen White claramente usa linguagem de transformação e natureza, não apenas título:

    • 1911: "Ele tomou a forma de servo, tornando-se um anjo entre os anjos, para que pudesse redimir os anjos."

      • "Tornando-se" (becoming) = transformação em ser

    • 1912: "Abandonando Sua natureza divina, foi colocar a natureza dos anjos."

      • "Natureza" (nature) = substância, essência, não título

    Se fosse "apenas um título", Ellen White teria dito: "Ele foi chamado Michael" ou "Ele recebeu o título de Michael."

    Em vez disto, ela diz: "Ele se tornou um anjo," "Ele abandonou Sua natureza divina," "Ele colocou a natureza dos anjos."

    Isto é linguagem de transformação essencial, não de título.

    Tática 2: "Os Críticos Não Entendem Nossos Escritos"

    A Afirmação de Domini:

    "Vocês atacam ad hominem e não entendem a verdadeira posição adventista. Falta-vos informação adequada."

    Refutação:

    Os documentos de Ellen White são absolutamente claros. Domini depende da ignorância de leigos adventistas que nunca lerão os textos originais:

    • 1911: "tornando-se um anjo entre os anjos" ← Qual é a dificuldade de interpretação?

    • 1912: "abandonando Sua natureza divina, foi colocar a natureza dos anjos" ← Isto é claro ou obscuro?

    Se um leigo adventista ler estes textos completos, a conclusão é inevitável: Ellen White ensinou que Jesus se tornou literalmente um anjo.

    Domini confia em que a maioria dos adventistas nunca lerá os originais. Ele acusa críticos de "desonestidade" quando ele próprio está sendo desonesto ao negar conteúdo escrito.

    Tática 3: "Vocês Atacam Pessoalmente, Não a Teologia"

    A Afirmação de Domini:

    "Vocês fazem ad hominem atacando os pastores em vez de refutar a teologia."

    Refutação:

    Os críticos não atacam a pessoa de Ellen White. Apresentam as suas próprias palavras dos documentos primários publicados enquanto viva.

    • Isto não é ad hominem (ataque pessoal); isto é citação direta

    • Domini o acusa de desonestidade, quando a desonestidade está precisamente no seu discurso ao negar o conteúdo escrito

    Ad hominem seria dizer: "Ellen White era uma charlatan maluca, portanto seus escritos são falsos."

    Isto não é isto. Isto é apresentar o texto e deixar o texto falar por si.


    V. CONTEXTO HERESIOLÓGICO HISTÓRICO

    A. Arianismo—A Heresia que Voltou

    Arianismo (Século IV, Ário de Alexandria):

    Ário afirmava:

    • Jesus foi criado por Deus em um ponto anterior ao tempo

    • Jesus não é eternamente Deus, mas a primeira e maior criatura

    • Jesus pode ser chamado "Deus" apenas por concessão/participação

    O Concílio de Niceia (325 AD) condenou isto.

    Arianismo Moderno de Ellen White:

    Ellen White ensina essencialmente:

    • Jesus foi inicialmente (antes da "conferência celestial") sem honra, autoridade ou obediência

    • Jesus foi depois "promovido" a anjo com autoridade delegada

    • Jesus foi depois transformado em homem

    • Esta é uma forma de arianismo sequencial

    A condenação de Niceia também aplica-se a Ellen White.

    B. Kenosis Herética—O "Esvaziamento" Falso

    Kenosis Ortodoxa (Calcedônia, 451 AD):

    "Esvaziamento" (Filipenses 2:7) significa:

    • Jesus voluntariamente se humilhou em forma humana

    • Jesus manteve permanentemente a natureza divina durante a encarnação

    • A humilhação foi de status/forma, não de essência/natureza

    Kenosis de Ellen White:

    Ellen White interpreta como:

    • Jesus literalmente abandonou a natureza divina

    • Jesus perdeu (não apenas humilhou) a essência divina

    • Jesus substituiu (não apenas assumiu junto com) a natureza divina por natureza angélica

    Isto viola claramente o Concílio de Calcedônia.

    C. Docetismo—A Falsa Encarnação

    Docetismo (Século II, heresia gnóstica):

    A ideia de que Cristo apenas parecia ser humano/material mas não era realmente, porque a divindade não pode realmente entrar em matéria.

    Docetismo Sequencial de Ellen White:

    • Jesus parecia ser simplesmente "o Verbo" ou "o Filho" no céu, mas na verdade era um anjo sem reconhecimento

    • Jesus parecia ser simplesmente um homem durante a encarnação, mas na verdade era um anjo em forma humana

    • Múltiplas "encarnações": Logos -> Anjo -> Homem -> de volta a Anjo

    Isto é docetismo multiplicado: a verdade nunca é o que parece ser.


    VI. POR QUE ISTO IMPORTA PARA SALVAÇÃO

    A. A Suficiência Infinita do Sacrifício

    Se Jesus era apenas um anjo (mesmo um arcanjo especial):

    1. Valor do Sacrifício: Um anjo é uma criatura finita. Seu sacrifício tem valor finito. Não pode redimir pecados infinitos em duração (Salmo 90:2: "Antes que os montes nascessem... tu és Deus desde a eternidade").

    2. Autoridade Sobre Pecado: Um anjo não tem autoridade sobre pecado (que é violação da Lei de Deus). Apenas Deus tem autoridade sobre Sua própria Lei.

    3. Poder de Ressurreição: Um anjo não pode criar vida. Se Jesus ressuscitou apenas pelo poder de outro (Deus), então a ressurreição não prova divindade, apenas poder delegado.

    A Bíblia exige que nosso Redentor seja:

    • Infinito em essência (para pagar por pecados eternos)

    • Divino em autoridade (para redimir violações da Lei Divina)

    • Eterno em poder (para garantir salvação eterna)

    Um anjo—criado e finito—não pode fazer isto.

    B. A Exclusividade Absoluta de Adoração

    Se Jesus é Michael (um anjo):

    • Podemos adorá-lo porque Deus delegou essa honra?

    • A adoração seria transferível (Deus poderia ter escolhido outro anjo)?

    • A adoração não seria absolutamente devida como é devida ao Deus verdadeiro?

    A Bíblia diz:

    • Hebreus 1:6: "Que todos os anjos de Deus o adorem" (adoração absoluta)

    • Apocalipse 5:12-13: "Digno é o Cordeiro... toda a criação... o adorava" (adoração universal e devida)

    Não é "honra delegada." É adoração absoluta devida ao Deus eterno.


    VII. A INCONSISTÊNCIA OFICIAL ADVENTISTA

    Afirmação Oficial vs. Documentos Históricos

    O que a IASD Afirma HojeO que Ellen White Escreveu"Jesus Cristo é completamente divino, plenamente Deus com natureza divina completa, e isto sempre foi assim.""Ele abandonou Sua natureza divina, foi colocar a natureza dos anjos. Seu nome como anjo é Miguel." (Signs 1912)"Ser Michael é apenas uma forma ou título de Jesus, não uma natureza literal.""Ele tomou a natureza dos anjos... tornando-se um anjo entre os anjos." (Signs 1911)

    A Solução SDA: Reescrever a História

    Quando os documentos de 1911-1912 são citados:

    1. Silêncio: A IASD não publica estes textos em edições modernas de Ellen White

    2. Reinterpretação: Linguagem de "título" e "teofania" é usada para suavizar o literal

    3. Acusação: Críticos são chamados de "desonestos" por citar o que está escrito

    Este é o padrão clássico de uma seita: Reescrever a história quando os documentos originais se tornam inconvenientes.


    VIII. CONCLUSÃO FINAL

    O Que os Documentos Primários Provam Incontrovertibilmente

    1. Ellen White ensinou claramente e literalmente que Jesus se tornou um anjo e abandonou a natureza divina (Signs of the Times, 1911-1912, Ellen White viva)

    2. Esta doutrina é herética segundo os padrões da cristandade ortodoxa (Concílios de Niceia e Calcedônia )

    3. Eleazar Domini nega isto descaradamente apesar da evidência documentária incontestável, mostrando má-fé intelectual

    4. A razão da negação é que admitir isto desmascararia a IASD como ensinando arianismo moderno e violando as definições dogmáticas mais fundamentais da cristandade

    A Verdade Bíblica: Quem Jesus Realmente É

    Jesus Cristo é:

    • Eternamente Deus (João 1:1: "O Verbo era Deus")

    • Sem nunca deixar de ser Deus (Hebreus 13:8: "Jesus Cristo, ontem, hoje e para sempre")

    • Voluntariamente se humilhando em forma humana (Filipenses 2:7: "Esvaziou-se a si mesmo")

    • Mantendo plena divindade durante a encarnação (Colossenses 2:9: "Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade")

    • Ressuscitado em poder divino absoluto (Romanos 1:4: "Declarado Filho de Deus com poder")

    • Adorado como Deus eternamente (Apocalipse 5:12-13: "Digno é o Cordeiro que foi imolado")

    Jesus não é um anjo. Nunca foi um anjo. Nunca se "tornou" um anjo. Nunca "se tornou" menor que Deus em essência.

    Ele é Deus eternamente.

    Ellen G. White e Eleazar Domini estão errados. A Bíblia de Deus está absolutamente certa.

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