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    Batismo em Série e Fanatismo: A Heresia do Rebatismo no Adventismo
    Eleazar Domini

    Batismo em Série e Fanatismo: A Heresia do Rebatismo no Adventismo

    Análise crítica mostra por que o rebatismo adventista é doutrina herética e antibíblica. Entenda as falhas teológicas e bíblicas dessa prática. Leia mais.

    27 de dezembro de 20256 min min de leituraPor Rodrigo Custódio

    1. Introdução: A Anulação Ritualística da Graça

    Na tradição cristã ortodoxa, o batismo é o sigillum irrevogável da Aliança da Graça. É o ato de Deus selando o crente, administrado uma vez porque a morte de Cristo ocorreu uma vez (Romanos 6:3-4). No entanto, o Adventismo do Sétimo Dia institucionalizou uma prática que subverte essa teologia: o rebatismo sistemático.

    Longe de ser apenas uma peculiaridade litúrgica, o rebatismo adventista é a expressão ritual de uma eclesiologia que nega a validade do corpo de Cristo fora de seus muros e transforma o sacramento em um mecanismo de controle comportamental.

    Este artigo apresenta uma autópsia teológica baseada em evidências primárias irrefutáveis, demonstrando que Ellen G. White não apenas tolerou, mas ordenou a profanação do sacramento único, estabelecendo um sistema de "penitência por imersão" que afronta Efésios 4:5.


    2. A "Bula Papal" de Ellen White: O Batismo como Penitência Repetível

    A prova mais devastadora contra a prática adventista não vem de críticos externos, mas das próprias ordens executivas de sua profetisa.

    A. A Ordem de Rebatismo por Apostasia

    Em uma carta que se tornou lei canônica dentro da denominação, Ellen White escreve explicitamente que o batismo original perde sua validade moral diante do pecado.

    "O Senhor pede uma decidida reforma. E quando uma alma é verdadeiramente reconvertida, que seja rebatizada [let him be rebaptized]. Que renove seu concerto com Deus, e Deus renovará Seu concerto com ele."
    — Ellen G. White, Evangelismo, p. 375 (Original: Letter 63, 1903).
    Fonte Primária: Manuscrito original disponível no Ellen G. White Estate.

    Análise Teológica:

    1. A Negação da Perseverança: White condiciona a validade do "concerto" à performance humana. Se o crente cai, o concerto é quebrado e precisa ser "renovado" por um novo ritual. Isso é catolicismo medieval (penitência) disfarçado de imersão.

    2. O Cristo Insuficiente: Se o primeiro batismo não foi suficiente para cobrir os pecados futuros, então a justificação que ele simbolizava era provisória. O "deus" do rebatismo adventista não guarda o que foi depositado nele (2 Timóteo 1:12); ele exige um novo depósito a cada falha grave.

    B. A Ordem de Rebatismo para Cristãos de Outras Denominações

    Ellen White declara que o batismo cristão anterior (Batista, Metodista, Presbiteriano) é "insuficiente" porque não incluía a "verdade presente" (Sábado/Santuário).

    "Seu batismo anterior não o satisfaz agora. Ele viu a si mesmo como um pecador, condenado pela lei de Deus... Ele deseja ser sepultado novamente com Cristo pelo batismo."
    — Ellen G. White, Evangelismo, p. 372.

    Análise Teológica:
    Isso é puro sectarismo donatista. Ellen White está dizendo que o batismo in nomen Trinitatis realizado em uma igreja evangélica é nulo porque o candidato não guardava o sábado. Isso transforma o batismo de um sacramento da Graça em um sacramento da Lei.


    3. A Arqueologia do Fanatismo: Atkinson e Exeter (1845)

    A prática moderna do rebatismo no Adventismo tem um DNA sujo. Ela nasceu não de um estudo bíblico sóbrio, mas de um frenesi carismático endossado por uma jovem Ellen White.

    O Caso Israel Dammon (Fevereiro de 1845)

    Documentos judiciais do Estado do Maine (State of Maine vs. Israel Dammon) provam que Ellen Harmon (White) presidia reuniões onde o rebatismo era usado como teste de lealdade fanática.

    • A Testemunha Ocular: L.P. Streeter testificou sob juramento: "Ela [Ellen] disse que Deus queria que eles fossem batizados naquela noite ou iriam para o inferno."

    • Múltiplos Batismos na Mesma Noite: Testemunhas relataram que algumas pessoas eram batizadas várias vezes na mesma semana, sempre que sentiam que precisavam de "mais purificação" ou quando aceitavam uma "nova luz" visionária.

    • O Contexto da "Porta Fechada": O historiador adventista Arthur White (neto de Ellen) admite em Ellen G. White: The Early Years (Vol. 1, p. 80-84) que o rebatismo era comum entre aqueles que acreditavam que a porta da graça havia se fechado para o mundo. O batismo tornou-se o rito de iniciação de um culto apocalíptico exclusivo.

    Conclusão Histórica: O rebatismo adventista não nasceu de Atos 2; nasceu da histeria de Atkinson. A igreja institucionalizou o fanatismo, limpou a bagunça histérica, mas manteve a teologia subjacente: o batismo cristão comum não vale nada.


    4. A Refutação Bíblica Irrefutável: Efésios 4 e a Unicidade do Corpo

    Contra a inovação sectária de Ellen White, a Escritura levanta uma barreira intransponível.

    1. O "Hapax" de Efésios 4:5

    "Há um só corpo e um só Espírito... um só Senhor, uma só fé, um só batismo." (Efésios 4:4-5)

    A palavra grega para "um" (heis) é exclusiva.

    • Se o Adventismo exige que um cristão presbiteriano seja rebatizado, ele está declarando dogmaticamente que o primeiro batismo foi falso.

    • Se o primeiro batismo foi falso, então a igreja que o administrou é uma falsa igreja.

    • Portanto, a prática do rebatismo é uma declaração formal de que o Adventismo não reconhece a cristandade de outras denominações. É a reivindicação de ser a única igreja verdadeira.

    2. O Erro de Atos 19 (O Texto de Refúgio)

    A defesa padrão (encontrada no Manual da Igreja Adventista, p. 50) é citar Paulo rebatizando os discípulos em Éfeso (Atos 19:1-5).

    • A Refutação: Aqueles discípulos haviam recebido o "batismo de João" (Ioannes baptisma), que era um batismo de arrependimento judaico, não o batismo cristão trinitário. Eles nem sabiam que o Espírito Santo existia!

    • Comparar um batista ou metodista moderno (que foi batizado em nome do Pai, Filho e Espírito Santo e confessa o Credo Apostólico) com discípulos de João que ignoravam o Espírito Santo é um erro exegético desonesto.

    3. A Blasfêmia de Hebreus 6:6

    O autor de Hebreus adverte contra tentar "renovar para arrependimento" através de rituais repetitivos, "crucificando de novo para si mesmos o Filho de Deus".
    O rebatismo por apostasia tenta fazer exatamente isso: repetir o irrepetível. Tenta "crucificar Cristo de novo" para aplicar o sangue de novo, como se a primeira aplicação tivesse falhado. É uma afronta à suficiência do sacrifício único de Cristo (Hebreus 10:14).


    5. Conclusão: O Batismo da Corporação

    A evidência é esmagadora.

    1. Evidência Textual: Ellen White ordenou explicitamente o rebatismo para "renovar o concerto" (Evangelismo, p. 375).

    2. Evidência Histórica: A prática nasceu no fanatismo da Porta Fechada de 1845, documentada em tribunais.

    3. Evidência Canônica: O Manual da Igreja atual exige rebatismo para apóstatas e conversos de outras fé cristãs.

    O Adventismo do Sétimo Dia transformou o batismo. Ele deixou de ser o sacramento da entrada na Igreja Universal de Cristo e tornou-se o rito de fidelidade à Corporação Adventista.
    Para o cristão bíblico, isso é inaceitável. Nós não nos rebatizamos porque nosso Deus não muda de ideia sobre nossa adoção. A água do batismo seca, mas a Palavra da promessa permanece para sempre. O rebatismo adventista é, em última análise, um monumento à dúvida e à justiça própria.

    "Pois os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis." (Romanos 11:29)

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