
Batismo em Série e Fanatismo: A Heresia do Rebatismo no Adventismo
Análise crítica mostra por que o rebatismo adventista é doutrina herética e antibíblica. Entenda as falhas teológicas e bíblicas dessa prática. Leia mais.
1. Introdução: A Anulação Ritualística da Graça
Na tradição cristã ortodoxa, o batismo é o sigillum irrevogável da Aliança da Graça. É o ato de Deus selando o crente, administrado uma vez porque a morte de Cristo ocorreu uma vez (Romanos 6:3-4). No entanto, o Adventismo do Sétimo Dia institucionalizou uma prática que subverte essa teologia: o rebatismo sistemático.
Longe de ser apenas uma peculiaridade litúrgica, o rebatismo adventista é a expressão ritual de uma eclesiologia que nega a validade do corpo de Cristo fora de seus muros e transforma o sacramento em um mecanismo de controle comportamental.
Este artigo apresenta uma autópsia teológica baseada em evidências primárias irrefutáveis, demonstrando que Ellen G. White não apenas tolerou, mas ordenou a profanação do sacramento único, estabelecendo um sistema de "penitência por imersão" que afronta Efésios 4:5.
2. A "Bula Papal" de Ellen White: O Batismo como Penitência Repetível
A prova mais devastadora contra a prática adventista não vem de críticos externos, mas das próprias ordens executivas de sua profetisa.
A. A Ordem de Rebatismo por Apostasia
Em uma carta que se tornou lei canônica dentro da denominação, Ellen White escreve explicitamente que o batismo original perde sua validade moral diante do pecado.
"O Senhor pede uma decidida reforma. E quando uma alma é verdadeiramente reconvertida, que seja rebatizada [let him be rebaptized]. Que renove seu concerto com Deus, e Deus renovará Seu concerto com ele."
— Ellen G. White, Evangelismo, p. 375 (Original: Letter 63, 1903).
Fonte Primária: Manuscrito original disponível no Ellen G. White Estate.
Análise Teológica:
A Negação da Perseverança: White condiciona a validade do "concerto" à performance humana. Se o crente cai, o concerto é quebrado e precisa ser "renovado" por um novo ritual. Isso é catolicismo medieval (penitência) disfarçado de imersão.
O Cristo Insuficiente: Se o primeiro batismo não foi suficiente para cobrir os pecados futuros, então a justificação que ele simbolizava era provisória. O "deus" do rebatismo adventista não guarda o que foi depositado nele (2 Timóteo 1:12); ele exige um novo depósito a cada falha grave.
B. A Ordem de Rebatismo para Cristãos de Outras Denominações
Ellen White declara que o batismo cristão anterior (Batista, Metodista, Presbiteriano) é "insuficiente" porque não incluía a "verdade presente" (Sábado/Santuário).
"Seu batismo anterior não o satisfaz agora. Ele viu a si mesmo como um pecador, condenado pela lei de Deus... Ele deseja ser sepultado novamente com Cristo pelo batismo."
— Ellen G. White, Evangelismo, p. 372.
Análise Teológica:
Isso é puro sectarismo donatista. Ellen White está dizendo que o batismo in nomen Trinitatis realizado em uma igreja evangélica é nulo porque o candidato não guardava o sábado. Isso transforma o batismo de um sacramento da Graça em um sacramento da Lei.
3. A Arqueologia do Fanatismo: Atkinson e Exeter (1845)
A prática moderna do rebatismo no Adventismo tem um DNA sujo. Ela nasceu não de um estudo bíblico sóbrio, mas de um frenesi carismático endossado por uma jovem Ellen White.
O Caso Israel Dammon (Fevereiro de 1845)
Documentos judiciais do Estado do Maine (State of Maine vs. Israel Dammon) provam que Ellen Harmon (White) presidia reuniões onde o rebatismo era usado como teste de lealdade fanática.
A Testemunha Ocular: L.P. Streeter testificou sob juramento: "Ela [Ellen] disse que Deus queria que eles fossem batizados naquela noite ou iriam para o inferno."
Múltiplos Batismos na Mesma Noite: Testemunhas relataram que algumas pessoas eram batizadas várias vezes na mesma semana, sempre que sentiam que precisavam de "mais purificação" ou quando aceitavam uma "nova luz" visionária.
O Contexto da "Porta Fechada": O historiador adventista Arthur White (neto de Ellen) admite em Ellen G. White: The Early Years (Vol. 1, p. 80-84) que o rebatismo era comum entre aqueles que acreditavam que a porta da graça havia se fechado para o mundo. O batismo tornou-se o rito de iniciação de um culto apocalíptico exclusivo.
Conclusão Histórica: O rebatismo adventista não nasceu de Atos 2; nasceu da histeria de Atkinson. A igreja institucionalizou o fanatismo, limpou a bagunça histérica, mas manteve a teologia subjacente: o batismo cristão comum não vale nada.
4. A Refutação Bíblica Irrefutável: Efésios 4 e a Unicidade do Corpo
Contra a inovação sectária de Ellen White, a Escritura levanta uma barreira intransponível.
1. O "Hapax" de Efésios 4:5
"Há um só corpo e um só Espírito... um só Senhor, uma só fé, um só batismo." (Efésios 4:4-5)
A palavra grega para "um" (heis) é exclusiva.
Se o Adventismo exige que um cristão presbiteriano seja rebatizado, ele está declarando dogmaticamente que o primeiro batismo foi falso.
Se o primeiro batismo foi falso, então a igreja que o administrou é uma falsa igreja.
Portanto, a prática do rebatismo é uma declaração formal de que o Adventismo não reconhece a cristandade de outras denominações. É a reivindicação de ser a única igreja verdadeira.
2. O Erro de Atos 19 (O Texto de Refúgio)
A defesa padrão (encontrada no Manual da Igreja Adventista, p. 50) é citar Paulo rebatizando os discípulos em Éfeso (Atos 19:1-5).
A Refutação: Aqueles discípulos haviam recebido o "batismo de João" (Ioannes baptisma), que era um batismo de arrependimento judaico, não o batismo cristão trinitário. Eles nem sabiam que o Espírito Santo existia!
Comparar um batista ou metodista moderno (que foi batizado em nome do Pai, Filho e Espírito Santo e confessa o Credo Apostólico) com discípulos de João que ignoravam o Espírito Santo é um erro exegético desonesto.
3. A Blasfêmia de Hebreus 6:6
O autor de Hebreus adverte contra tentar "renovar para arrependimento" através de rituais repetitivos, "crucificando de novo para si mesmos o Filho de Deus".
O rebatismo por apostasia tenta fazer exatamente isso: repetir o irrepetível. Tenta "crucificar Cristo de novo" para aplicar o sangue de novo, como se a primeira aplicação tivesse falhado. É uma afronta à suficiência do sacrifício único de Cristo (Hebreus 10:14).
5. Conclusão: O Batismo da Corporação
A evidência é esmagadora.
Evidência Textual: Ellen White ordenou explicitamente o rebatismo para "renovar o concerto" (Evangelismo, p. 375).
Evidência Histórica: A prática nasceu no fanatismo da Porta Fechada de 1845, documentada em tribunais.
Evidência Canônica: O Manual da Igreja atual exige rebatismo para apóstatas e conversos de outras fé cristãs.
O Adventismo do Sétimo Dia transformou o batismo. Ele deixou de ser o sacramento da entrada na Igreja Universal de Cristo e tornou-se o rito de fidelidade à Corporação Adventista.
Para o cristão bíblico, isso é inaceitável. Nós não nos rebatizamos porque nosso Deus não muda de ideia sobre nossa adoção. A água do batismo seca, mas a Palavra da promessa permanece para sempre. O rebatismo adventista é, em última análise, um monumento à dúvida e à justiça própria.
"Pois os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis." (Romanos 11:29)