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    Como Romanos 14 Refuta as Heresias Adventistas de Leandro Quadros
    Leandro Quadros

    Como Romanos 14 Refuta as Heresias Adventistas de Leandro Quadros

    Analise como Romanos 14 refuta o julgamento investigativo e as heresias adventistas de Leandro Quadros com base bíblica e histórica. Confira a crítica contundente.

    29 de dezembro de 202515 min min de leituraPor Rodrigo Custódio

    A Igreja Adventista do Sétimo Dia ensina que o julgamento investigativo celestial começou em 22 de outubro de 1844, data fundamental para sua escatologia. Alguns líderes adventistas (como Leandro Quadros) alegaram que a graça começou efetivamente nesta data, ou ao menos que a graça adquiriu novo significado e função. Este artigo demonstra que essa alegação é teologicamente absurda, biblicamente infundada e contraditória com o testemunho unânime das Escrituras. A graça é apresentada nas Escrituras desde o Proto-evangelho de Gênesis 3:15, foi administrada consistentemente através de todos os períodos veterotestamentários, e foi plenamente realizada na encarnação, morte e ascensão de Cristo—eventos que ocorreram aproximadamente 1.800 anos antes de 1844. Através de análise exegética rigorosa de textos-chave (especialmente Hebreus 1-10), este artigo refuta a correlação adventista entre o julgamento investigativo de 1844 e a entrada de Jesus no Santíssimo celestial, demonstrando que Jesus ascendeu diretamente à presença de Deus logo após sua ressurreição. Finalmente, a pesquisa histórica documenta que a doutrina do julgamento investigativo foi inventada retrospectivamente após 1844 para explicar a falha profética do movimento millerita de William Miller, não extraída do cânone bíblico.

    Introdução

    Em contexto de crise teológica dentro do movimento adventista, alguns líderes eclesiásticos fizeram afirmações extraordinárias a respeito da graça divina e sua relação com a data de 1844. A alegação mais explícita foi que a graça começou em 22 de outubro de 1844, implicando que antes dessa data a dispensação anterior havia terminado e uma nova era—caracterizada pelo julgamento investigativo celestial—havia iniciado.

    Essa reivindicação não é apenas teologicamente problemática; é uma negação direta do ensino consistente das Escrituras a respeito da natureza eterna, imutável e onipresente da graça de Deus em história redentiva. A Bíblia apresenta a graça não como um acontecimento de 1844, mas como o fundamento de toda redenção desde a queda de Adão. A Aliança da Graça foi administrada através de múltiplas formas ao longo do Antigo Testamento, foi plenamente realizada na pessoa de Jesus Cristo, e continua sendo a única base de salvação para todos os crentes.

    Este artigo refuta a heresia adventista do julgamento investigativo iniciado em 1844 através de três argumentos principais: (1) evidência bíblica de que a graça foi apresentada desde o Proto-evangelho em Gênesis 3:15; (2) análise exegética de Hebreus demonstrando que Jesus entrou imediatamente na presença de Deus após sua ascensão, não em 1844; (3) análise histórica documentando que a doutrina do julgamento investigativo foi inventada após 1844 para explicar a falha profética de William Miller, não fundamentada em Escritura.

    I. A Graça desde a Queda: O Proto-evangelho de Gênesis 3:15

    A mais simples resposta bíblica à alegação de que a graça começou em 1844 é referir-se ao Proto-evangelho: a primeira promessa salvífica registrada nas Escrituras, pronunciada por Deus imediatamente após a queda de Adão e Eva.

    Gênesis 3:15 registra as palavras de Deus ao serpente:

    Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a semente dela; esta te pisará a cabeça, e tu lhe pisarás o calcanhar.

    Os teólogos reconhecem unanimemente este versículo como o protoevangelium—a primeira proclamação do evangelho. Como explicam comentaristas autorizados, este versículo foi a original proclamação do plano de Deus para a redenção do mundo e deu aos primeiros pais um vislumbre da pessoa e missão daquele que seria a figura central no drama desenvolvido da redenção do mundo.

    Criteriosamente, este versículo não descreve um julgamento. Descreve uma promessa de salvação baseada em graça pura. Deus não disse: Vou julgá-los antes de salvá-los ou Vou investigar seus pecados antes de redimi-los. Ao contrário, em contexto de julgamento contra a serpente e castigo para Adão e Eva (vv. 14-19), Deus insere uma promessa redentiva incondicional: alguém virá e destruirá o poder do pecado e da morte.

    Essa promessa é graça—não merecida, não condicionada ao desempenho humano, pronunciada por Deus para restaurar o relacionamento rompido. Logo em Gênesis 3:21, a graça é demonstrada praticamente:

    Deus mata animais para fornecer roupas que cobrem a vergonha de Adão e Eva—a primeira prefiguração do sacrifício expiatório que Cristo realizaria.

    Se a graça começou em 1844, como os adventistas alegam, o que explicava a salvação de Abraão, que creu em Deus e lhe foi imputado por justiça (Gênesis 15:6)? Como explicava Noé, varão justo que andava com Deus (Gênesis 6:9)? Como explicava Melquisedeque, Enoque, Moisés e todos os profetas do Antigo Testamento que creram em Deus e foram salvos?

    A resposta única e apropriada é que eles foram salvos pela mesma graça que opera em toda a Bíblia—a graça da Aliança da Redenção. Conforme explicam os teólogos reformados:

    Desde Gênesis 3:15, quando Deus prometeu que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente, todos os crentes foram salvos sob a covenant of grace. Esta tem sido a mesma desde Gênesis, apenas administrada em diferentes formas através da história.

    II. A Aliança da Graça: Uma Realidade Contínua Desde a Queda

    A teologia bíblica reconhece que existe uma única Aliança da Graça, mas que foi administrada em múltiplas formas através da história redentiva. Não são alianças diferentes; é a mesma aliança progressivamente revelada.

    Os componentes principais dessa Aliança da Graça são:

    A Promessa Original a Adão (Gênesis 3:15)

    Deus promete que alguém virá para desfazer o trabalho de Satanás e restaurar a criação. Esta promessa é graça pura, não baseada em mérito humano.

    A Covenant com Noé (Gênesis 9)

    Deus estabelece um covenant eterno com Noé e sua semente, prometendo não destruir mais a terra com água. Esta é claramente uma Aliança da Graça—Noé não merecia sobreviver ao dilúvio; foi pura graça divina.

    A Covenant com Abraão (Gênesis 12, 15, 17)

    Aqui a promessa torna-se mais específica: Abraão será pai de muitas nações, e em sua semente todas as nações serão abençoadas. Crucialmente, Abraão foi justificado por fé, não por obras:

    Abracão creu em Deus, e lhe foi imputado por justiça (Gênesis 15:6).

    Esta é a evidência clara de que a salvação sempre foi pela graça através da fé, não por obras. Confirma Paulo:

    Assim também Abraão creu em Deus, e foi isto lhe imputado como justiça (Romanos 4:3).

    A Covenant com Moisés (Êxodo-Levítico)

    Aqui ocorre frequentemente confusão. Alguns presumem que o Sinai introduziu um covenant de obras. Mas Paulo é explícito:

    A Lei foi acrescentada por causa das transgressões até que viesse a semente a quem havia sido feita a promessa (Gálatas 3:19).

    A Lei serviu dois propósitos: (a) para aumentar a consciência do pecado (Romanos 5:20), e (b) nosso pedagogo para nos levar a Cristo, para que fossemos justificados pela fé (Gálatas 3:24).

    A Lei não substituiu a Aliança da Graça; reforçou a necessidade dela. Os sacrifícios contínuos no Tabernáculo apontavam constantemente para o Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo. Era graça sacramental—a graça de Deus materializada em tipo e símbolo, apontando para a realidade futura em Cristo.

    A Covenant com Davi (2 Samuel 7)

    Deus promete que a semente de Davi estabelecerá um reino eterno. Esta é a promessa messiânica central que estrutura toda a expectativa profética do Antigo Testamento.

    A New Covenant nos Profetas (Jeremias 31, etc.)

    Os profetas proclamam que Deus fará um novo covenant com sua povo, escrevendo a Lei em seus corações. Mas é apenas a consumação e plenificação da mesma Aliança da Graça revelada desde Gênesis.

    O Tema Unificador: Serei seu Deus, e vocês serão meu povo

    Um refrain notável corre através de toda a Escritura: a promessa fundamental de Deus é a comunhão pessoal consigo mesmo. Aparece em Abraão (Serei Deus teu - Gênesis 17:7), em Moisés (Serei vosso Deus - Êxodo 6:7), nos profetas (Jeremias 31:33), e culmina em Cristo (2 Coríntios 6:16, Apocalipse 21:3).

    Esta é a promessa central de redenção: não apenas perdão do pecado, mas restauração do relacionamento que foi rompido na queda. E é uma promessa fundamentada em graça—Deus não oferece comunhão porque merecemos; oferece porque Ele é bondoso e redimorativo.

    Se a graça começou em 1844, toda essa história anterior seria meramente preparatória? Não. Seria um engano teológico fundamental. A Bíblia ensina clara e repetidamente que o mesmo princípio redentivo—graça através de fé em Cristo—operou continuamente através de toda a história até hoje.

    III. Jesus Ascendeu Imediatamente ao Santíssimo—Não em 1844

    O segundo pilar da heresia adventista é a afirmação de que Jesus, após sua ressurreição, entrou primeiramente no Lugar Santo (não o Santíssimo) do santuário celestial, e em 1844 mudou-se para o Santíssimo para iniciar o julgamento investigativo. Essa alegação contradiz completamente a teologia de Hebreus, que é o livro mais direto do Novo Testamento sobre a realeza e sacerdócio celestial de Cristo.

    Hebreus 1:3 - Jesus Entrou Imediatamente

    Depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à destra da Majestade nas alturas.

    A estrutura gramatical deste versículo é crucial. O depois de ter feito (aorist participle) refere-se à ação completada de purificação. Imediatamente após completar a purificação (i.e., na cruz), Jesus assentou-se (aorist indicative). Não há intervalo de 1.800 anos entre a purificação e o assentar-se. A ação é sequencial e imediata.

    Onde ele se assentou? À destra da Majestade nas alturas. Isso é o Santíssimo, a presença de Deus. Jesus não esperou 1844 para entrar ali; entrou logo após sua ascensão.

    Hebreus 4:14-16 - Jesus Passou Através dos Céus

    Temos, pois, um grande sumo sacerdote que passou através dos céus, Jesus, o Filho de Deus...Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se de nossas fraquezas, mas foi tentado em tudo como nós, sem cometer pecado. Acheguemo-nos, portanto, com confiança ao trono da graça, para alcançarmos misericórdia.

    A expressão passou através dos céus refere-se à ascensão imediata de Jesus após a ressurreição, não a um evento em 1844. E note bem: ele entrou como nosso sumo sacerdote, já ministrando intercessão por nós desde o início de seu assentar-se celestial.

    Hebreus 6:19-20 - Entrou no Velo Interior

    A qual [esperança] temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.

    Velo interior refere-se ao Santíssimo, a presença imediata de Deus no santuário celestial. Jesus penetrou até ali como nosso precursor—aquele que entra primeiro para abrir o caminho. E quando? No contexto de sua ascensão, não em 1844.

    Hebreus 9:11-12 - Entrou Uma Vez Para Sempre

    Mas Cristo, tendo chegado como sumo sacerdote dos bens já realizados, por um tabernáculo maior e mais perfeito, não feito por mão de homem...nem pelo sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez para sempre no santuário.

    Note cuidadosamente: uma vez para sempre (ephapax). Jesus não entra repetidamente, nem mudou-se de um compartimento para outro em 1844. Entrou uma vez no santuário celestial e permanece ali eternamente como nosso Sumo Sacerdote.

    Hebreus 9:24 - Agora Aparece Diante de Deus por Nós

    Porque Cristo não entrou num santuário feito por mão de homem, figura do verdadeiro, mas no próprio céu, agora para aparecer diante da presença de Deus por nós.

    Agora refere-se ao tempo da ascensão, não a 1844. E sua ministração? Aparecer diante da presença de Deus por nós—intercessão contínua e imediata.

    Hebreus 10:12-13 - Oferecimento Único e Assentar-se Eterno

    Mas este [Cristo], depois de ter oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à destra de Deus, esperando que seus inimigos sejam postos como escabelo de seus pés.

    Novamente: oferecido um único sacrifício (completed action) seguido por assentou-se para sempre (eternal state). Não oferecimento contínuo; sacrifício único, completo, consumado na cruz.

    Conclusão Exegética

    Hebreus, de forma consistente e repetida, afirma que Jesus:

    • Ascendeu imediatamente à presença de Deus após ressurreição (não esperou 1844)

    • Entrou no Santíssimo, não em algum Lugar Santo intermediário

    • Sua obra foi consumada na cruz; não continua como julgamento investigativo

    • Sua ministração atual é intercessão, não investigação de pecados

    O padrão veterotestamentário do Sumo Sacerdote que entra uma vez por ano no Santíssimo em Yom Kippur era tipo (prefiguração) de Cristo. A realidade antitype é que Cristo entrou uma vez, para sempre, completamente—na ascensão, não em 1844.

    Nenhum versículo em Hebreus—ou em qualquer lugar das Escrituras—sugere que Jesus mudou de compartimento em 1844 ou iniciou algum julgamento investigativo naquela data. A doutrina adventista é completamente extracanônica.

    IV. O Julgamento Investigativo: Uma Invenção Pós-1844

    Talvez o argumento mais devastador contra a doutrina adventista do julgamento investigativo é sua origem histórica documentada: foi inventada após 1844 para explicar por que nada aconteceu naquela data.

    Cronologia Histórica Documentada

    1844 - O Grande Desapontamento

    William Miller, interpretando Daniel 8:14, predisse que Jesus retornaria em 22 de outubro de 1844. Milhares de crentes, baseados em pregação millerita, esperaram o retorno. Nada aconteceu. Este foi um dos maiores fracassos proféticos da história cristã moderna.

    Dias Após 1844 - Hiram Edson's "Visão"

    Dias após o fracasso, Hiram Edson relatou uma visão em um milharal onde viu Jesus saindo do Lugar Santo e entrando no Santíssimo no santuário celestial. O próprio Edson não estava seguro do que a visão significava; simplesmente sabia que Jesus tinha uma obra a realizar no Lugar Santíssimo.

    Crítico: Não existe nenhuma menção de julgamento investigativo em qualquer relato contemporâneo da visão de Edson. A doutrina não existia ainda.

    1851 - James White Começa a Teorizar

    James White, marido de Ellen G. White, começou a desenvolver uma teoria sistemática sobre por que nada aconteceu em 1844. Ele argumentou que o santuário em Daniel 8:14 referia-se ao santuário celestial, não terrestre, e que Jesus começara algum tipo de julgamento lá.

    1854 - Uriah Smith Cunha a Frase

    Uriah Smith, editor da Review and Herald, foi o primeiro a usar a frase julgamento investigativo em publicação adventista. Isto foi 10 anos após 1844. Smith escreveu:

    A limpeza do santuário envolve o exame dos registros de todos os atos de nossas vidas.

    Até esse ponto, ninguém, nem mesmo os fundadores adventistas, havia desenvolvido a doutrina.

    1877 - Smith Sistematiza Completamente

    Uriah Smith publicou The Sanctuary and the 2,300 Days, sistematizando completamente a teologia do julgamento investigativo baseada em Daniel 7:9-10. Esta foi a primeira exposição completa e teórica da doutrina, 33 anos depois de 1844.

    1889-1890s - Ellen White Fornece "Confirmação"

    Ellen G. White, que havia sido silenciosa sobre o assunto durante décadas, começou a escrever confirmando a doutrina do julgamento investigativo. Mas sua confirmação veio após a doutrina ter sido desenvolvida por homens (James White, Uriah Smith, etc.), não antes.

    Conclusão Histórica

    A doutrina do julgamento investigativo não foi extraída da Bíblia. Foi inventada progressivamente após 1844 para resolver o problema teológico de uma profecia falhada.

    Se essa doutrina fosse bíblica e fundamental, por que:

    • Não aparece em nenhuma forma nos primeiros dias após 1844?

    • Requer 10 anos (até 1854) para ser nomeada?

    • Requer 33 anos (até 1877) para ser sistematizada?

    • Requer ainda mais anos para profetas confirmar?

    A resposta é que a doutrina foi construída retrospectivamente. É um exemplo clássico de eisegesis (imposição de significado sobre o texto) em vez de exegesis (extração de significado do texto).

    V. Outros Problemas Teológicos Fundamentais

    1. A Destruição da Certeza de Salvação

    Ellen G. White ensinou que ninguém pode estar certo de sua salvação porque está sendo investigado no julgamento. O crente deve viver em ansiedade esperando a conclusão do julgamento investigativo.

    Isto contradiz diretamente a própria Bíblia:

    • Paulo:

      Porque estou certo de que nem morte, nem vida...poderá nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus (Romanos 8:38-39)

    • João:

      Estas coisas vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna (1 João 5:13)

    • O salmista:

      Ainda que ande pelo vale da sombra da morte, nada temerei (Salmo 23:4)

    A Bíblia ensina certeza de salvação baseada em graça, não incerteza baseada em julgamento. Justificação é uma declaração legal: o crente é declarado justo (Romanos 3:24-28) não porque seu comportamento é investigado, mas porque a justiça de Cristo é creditada a ele (imputação).

    2. A Contradição com Hebreus 10:14

    Porque com uma só oferta aperfeiçoou para sempre aos que estão sendo santificados.

    Se a oferta de Cristo nos aperfeiçoou para sempre, o que investigação adicional investigaria? Se somos aperfeiçoados, estamos completos. Se estamos completos, não necessitamos de julgamento investigativo para determinar nossa salvação. A doutrina adventista torna supérflua a obra de Cristo.

    3. A Contradição com Hebreus 10:18

    Ora, onde há remissão destes, não há mais oferta pelo pecado.

    Se Jesus remitiu completamente o pecado na cruz (singular, completo, final), por que o sistema adventista retém a ideia de investigação contínua? Isso implica que a remissão não foi completa.

    VI. Sola Scriptura e a Rejeição da Doutrina de 1844

    O reformador princípio de Sola Scriptura requer que toda doutrina tenha suporte explícito ou claramente implícito nas Escrituras. O julgamento investigativo não tem tal suporte.

    Pesquisando toda a Bíblia:

    • Nenhum versículo menciona um julgamento investigativo

    • Nenhum versículo sugere múltiplos compartimentos do santuário celestial aos quais Cristo se mudaria

    • Nenhum versículo data o julgamento de salvação para 1844

    • Nenhum versículo coloca o julgamento final antes do retorno de Cristo (de fato, julgamento é associado com sua vinda - Mateus 24:30-31, Apocalipse 20:11-15)

    A doutrina é construída inteiramente sobre interpretação especulativa de símbolos em Daniel (a limpeza do santuário) e nunca fundamentada no ensino direto das Escrituras.

    Conclusão

    A alegação de que a graça começou em 1844 é uma heresia fundamental que nega a história redentiva de Deus desde a queda de Adão.

    A Bíblia ensina consistentemente que:

    • A graça começou em Gênesis 3:15, quando Deus prometeu salvação após a queda

    • A Aliança da Graça foi administrada continuamente através de toda a história, com o mesmo princípio: salvação pela fé em Cristo (mesmo quando Cristo ainda não havia vindo fisicamente)

    • Jesus ascendeu imediatamente ao Santíssimo após sua ressurreição, não aguardou 1844

    • Hebrews refuta completamente a noção de compartimentos múltiplos ou mudança celestial em 1844

    • O julgamento investigativo foi inventado após 1844 para explicar a falha profética millerita, não extraído de Escritura

    • A salvação cristã é certa, baseada em graça e imputação, não incerta devido a julgamento investigativo

    Os crentes são chamados a rejeitar essa heresia e retornar a Sola Scriptura, confiando que Jesus completou toda a obra redentiva na cruz e ascensão, não aguardando qualquer julgamento futuro porque já foram declarados justos através da fé em Cristo.

    A graça não começou em 1844. A graça é o fundamento imutável de todo o evangelho, desde Gênesis até o final dos tempos. Qualquer doutrina que a compromete deve ser rejeitada como contrária ao ensino claro das Escrituras.

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